segunda-feira, 22 de julho de 2013

Devaneios 02


“Mais uma madrugada assombra meu orgulho ferido. A face obscura transparece pela janela. O medo prevalece com tal ímpeto, obstruindo como um algoz o desejo vertiginoso da carne. Teu semblante me desperta. O tempo se rebela mostrando o real sentido da totalidade. As palavras já não fazem mais sentido. A ignorância da loucura, turva minha vista. E você, contemplou o céu esta manhã? Perdoou os erros não cometidos? Agradeceu a Força maior do universo por existir? Se não, não demores... Se finda o amanhã, nada mais lhe restará.”

Devaneios 01


“A madrugada invade o quarto me perturbando. Tento refugio em lados contrários, mas parece em vão. Os vultos me surpreendem em torno do busto na parede como se quisessem dizer algo. O medo começa a incomodar.
Porque fazem assim? O que querem de mim?... Nenhuma resposta.
Ouço a porta ranger. Quero correr, mas não tenho aonde ir.
Ajoelho.
O tremor percorre meu corpo como um veneno.
Clamo.
Choro.
Sonho.
Acordo...
Um alívio. Mas um rosto ainda persiste na minha mente. Traços indefinidos, bruscos, olhar distante, talvez trouxesse uma notícia, um aviso... Por que eu?!”